Quais são os mais importantes escritores brasileiros e suas principais obras

Enquanto muitos se divertem na complexidade cultural
brasileira através de sua riqueza de gêneros musicais, o maior país da América
do Sul também tem algumas das literaturas mais ricas da região. 
Autores
brasileiros produziram alguns dos livros mais valorizados do mundo, explicando
história, cultura e sociedade no Brasil com a ajuda de linguagem eloquente e
poética.
Muitas das maiores obras apresentam personagens complexos e
sérios, que muitas vezes realizam viagens corajosas, revelando conceitos e
fenômenos inovadores ao longo do caminho. A herança literária do Brasil é, sem
dúvida, influenciada pela vida de suas figuras mais influentes, muitas das
quais tinham trajetórias incomuns.

Dom Casmurro, Machado de Assis (1899)

As obras de Assis São Radicais e influentes o suficiente
para torná-lo o único autor a entrar nesta lista duas vezes. Em Dom Casmurro,
Assis aborda ideias sobre adultério através da história de um marido traído.
Capitu, a esposa do narrador, supostamente engana seu marido com seu melhor
amigo, e dá à luz um filho. Embora o protagonista não acredite que a criança é
sua, ele também parece não ter qualquer evidência factual de traição. Assis
disse que os leitores devem ser capazes de descobrir a verdade a partir da
própria história, que tem sido objeto de muitos debates acalorados desde a
publicação.

A Favela, Aluísio Azevedo (1890)

Originalmente um jornalista, Azevedo inspirou-se em pessoas
reais para seus personagens. Mas mais tarde abandonou esta tradição para o
realismo literário, seguindo as influências de Eça de Queirós e Émile Zola. Na
favela, Azevedo narra a vida dos imigrantes portugueses, ex-escravos e mestiços
que vivem na mesma comunidade. Chave para entender o Brasil do século XIX, este
livro mostra como personagens e comportamentos foram influenciados por seu
ambiente, raça e posição social.

Macunaíma, Mario de Andrade (1928)

As obras de Andrade começaram a ser publicadas em jornais e
revistas muito cedo em sua vida, e foi um dos pioneiros da literatura
modernista no Brasil. Macunaíma é o trabalho de Andrade de realismo mágico,
usando dialetos regionais e contando a história de um protagonista nascido na
selva brasileira que pode se transformar. Em sua viagem de São Paulo e de
volta, Andrade transporta leitores através dos extremos da Sociedade
Brasileira. Apesar de Andrade ser prolífico, Macunaíma é notável por sua
extensa pesquisa sobre linguística, cultura e folclore indígena.

O Quinze, Rachel de Queiroz (1930)

Queiroz tinha apenas 20 anos quando publicou O Quinze,
contando a história da grande seca de 1915 no nordeste do Brasil. Nascida na
cidade de Fortaleza, Queiroz foi bem colocada para contar a história de seu
protagonista, Chico Bento, e a viagem de sua família para a Amazônia. O Quinze
acabou por ser apenas um dos muitos trabalhos do Queiroz. Ela ganhou
reconhecimento por várias crônicas de jornais, romances e contos. Em 1964,
Queiroz representou o Brasil nas Nações Unidas e se tornou a primeira mulher a
entrar na Academia Brasileira de letras.

Capitães das areias, Jorge Amado (1937)

Amado é um dos autores mais famosos e mais traduzidos do
Brasil de todos os tempos. No ano de sua publicação, o capitão das areias
causou uma Controvérsia, e mais de 800 cópias foram queimadas em uma praça na
capital do Brasil. No entanto, a representação revolucionária de Amado das
crianças de rua de Salvador suportou o teste do tempo. Na quadrilha de 100
crianças de rua, Amado mostra os líderes, professores, sonhadores e amantes e
integra elementos da Cultura Afro-Brasileira, incluindo Candomblé e capoeira.

 

O Arquipélago, Erico Verissimo (1951)

A obra-prima épica de Verissimo vem em três partes, contando
dois séculos de história brasileira. A trilogia – dividida no continente, o
retrato e O Arquipelago, Verissimo conta a história de como o estado mais ao
sul do Brasil, Rio Grande do Sul, foi formado. A partir de 1745, o épico de
Verissimo traça as relações do Sul com a oligarquia, as guerras internas e os
conflitos fronteiriços até 1945.

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