O Trabalho escravo no Brasil – Dados importantes

Depois de uma década diminuindo, o trabalho infantil voltou a crescer no Brasil em 2014. Com 554.000 pequenos entre 5 e 13 anos de trabalho, cerca de 50.000 mais que em 2013, o aumento é de 9,3%, de acordo reflete o PNAD, o maior estudo estatístico anual do país, realizado pelo Instituto Brasileiro Geral de Estatística.

A Ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, minimizou a importância do crescimento e assegurou que isso não elimina “a tendência para a baixa” do trabalho infantil, observada “não com o dado, ano após ano, mas captando a tendência ao longo de um período”.

O PNAD refletiu também pelo décimo ano consecutivo, uma queda da desigualdade no Brasil, apesar da crise. A situação econômica, que levou o desemprego a 617.000 pessoas a mais que no ano anterior e a renda aumentou 0,8%, ritmo inferior a 3% do ano anterior, e que contrasta com o elevado nível de inflação, que atinge 10% no acumulado dos últimos doze meses.

Se bem que quase 100% dos domicílios brasileiros têm hoje luz, fogão e frigorífico e um 92.5% têm acesso a um telefone, um 14,6% não dispõem de água potável e mais de um terço da população (36.5%) não tiver domicílio ligado à rede de esgoto, o que é hoje um dos principais problemas de saúde pública do país.

No mundo há 168 milhões de crianças trabalhadoras, uma cifra que, segundo as estatísticas oficiais de vários países do mundo tem caído nos últimos anos, mas que deve ser reduzido a zero, tal como recordou a Organização Mundial do Trabalho (OIT) depois de celebrado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, no passado mês de maio.
Na América Latina e no Caribe existem 13 milhões de crianças, que se vêem obrigados a trabalhar e, destes, quase dois milhões estão na América Central, de acordo com dados da OIT.
No Brasil, há mais de 7 milhões de crianças trabalhadoras. Destes, mais de 560.000 são crianças os trabalhadores domésticos. O representante da Unicef no Brasil, Gary Stahl, lamentou que “a gente vê crianças vendendo coisas na praia no horário escolar e parece-lhe normal”, em um país onde assegurou há três milhões de crianças que trabalham, principalmente em zonas rurais distantes das grandes cidades e os grandes estádios.
O governo brasileiro foi o primeiro no mundo a desenvolver uma aplicação móvel para que os cidadãos denunciem o abuso sexual de menores, incluindo o trabalho infantil, chamada “Proteja o Brasil”. A ferramenta já atingiu as 20.000 downloads.

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